11 fevereiro 2011

Assombro

Estamos sozinhos. Sem promessas e sem dividas. E não digo que não tentei. Rodei em círculos por longos anos ate descobrir que a evolução não é feita apenas pelo movimento de meus dedos. Não cometa erros, dizia meu pai.
Então me toque agora que somos somente um. Pois somos o sol da colina. Simplesmente esteja ao meu lado. E eu como uma pedra admiro o sol sobre a montanha. Sei que você é a nuvem que despeja sangue gelado sobre o manto acido do outro lado do mundo. Este meu céu tão amado. Meu entardecer e o sono do sol. Sei que sou a sobra das estrelas. E as estrelas são você na madrugada. O universo não é a minha arma contra você e meu coração não é seu futuro. Acredite na minha fé que é velha e veio ao mundo antes da minha chegada. Antes da lua de 1993.
Nosso amor é somente mais uma batalha fria. Não tente querer. Não adianta querer. Não adianta querer. Nós somos fortes no nosso amor hippie. E eu aqui metralhando seus pés com foguetes de 21 réveillons passados, porém, seus olhos ainda fixam os meus. Cego. Sempre soube que é mais fácil acordar de olhos fechados e viver assim ate o fim. Do dia, da hora e do mundo.
Estamos sozinhos como duas pedras no chão. A espera de dois jovens revolucionários que nos jogarão na multidão medíocre. Nós somos julgadores da solidão. Eu sou o melhor que você tem. Nós estamos sozinhos sem promessas e sem pecado. Seu ódio é uma tragédia e minha pena é somente miséria. Você é velho e eu demasiado jovem. Contudo quando a máscara cai invertemos os papeis. Você queima por fora e eu queimei por dentro.
Meu amor e a maior das armas para sua destruição. Sem promessas. Nosso amor é uma batalha. O universo não nos espera, este não é o caminho. Estou perdendo o controle e estou sozinho. Minha promessa: Você vai me matar como na guerra. Como quando eu te matei.
Márcio Mattos

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