
Às vezes eu preciso me deitar e pensar nas nuvens, ver o sol brilhar e me deitar no aconchego da folhagem seca que cobre o chão no outono. Purificar-me ao sentir a fragrância da terra que me sustenta no ar, sentir o vendo me soprar e o mundo me aplaudir. Olhar a luz que corta as árvores e cerra meus olhos.
Quando sinto a água banhar meu corpo, purificando meus sonhos fechando as cicatrizes que um dia criei em meu coração. Brincar de pique esconde com minhas alegrias mortas. Recuperar o meu sorriso.
Doar minha lagrimas aos rostos tristes que cruzam meu caminho, sentir a felicidade cortar meu peito a caçoar da minha cara. Faz-me cócegas na barriga, sou um fraco incapaz de não sorrir.
Acreditar num sonho antigo que havia guardado no labirinto do sótão de meu pensamento, jogar fora todas as cartas que o passado me enviou na tentativa de me amarrar aos amargos gostos da lembrança.
Às vezes eu preciso me apaixonar de novo, descobrir um mundo perdido nos sonhos de uma criança que fechou se do planeta. Ingressar com navegantes instigadores de loucura que não tem mais o que fazer se não, ser feliz.
Já não sinto mais vontade de fugir, já não sei onde eu estava por tanto tempo. Acordei e olhei pro lado e me vi aqui. Estava um pouco engraçado, escutava o som de um piano e a voz de um poeta que massageavam meus ouvidos. Todo o planeta que me ver feliz agora. Ele quer me ver sorrir.
Vou abraçá-lo com minha saudade, sentir a textura de seu sorriso, beijar sua boca loucamente e fazer carinho em seu umbigo. O destino me aguarda cansado e tenho pressa de encontrá-lo logo ali a mil quilômetros. Sinto que posso voar, sinto que sou um palhaço apaixonado pela existência, sem querer saber mais respostas. Quero só gritar a todas as direções... Olhem para mim!
Como um coração iludido fala tantas bobagens achando que é poeta? Como posso sentir-me tão leve somente por tentar algo novo.
É como o sol que volta depois da tempestade, como a brisa que massageia minhas bochechas. Como a felicidade que roubou minha tristeza.
Como viver a vida que é uma beleza.
Quero abster-me de solidão, quero dar adeus a melancolia. Não quero mais saber quanto tempo falta, não quero saber quanto tempo passou. Quero ser feliz do jeito que sou. Vou mentir pra mim mesmo uma verdade do meu mundo. Quero dizer pra mim como o amor é profundo. Quero saber o porquê desse sentimento tão puro que esta brincando em meu estomago.
Quero calar-me e deixar que tudo tome seu rumo.
NOOFAA demais teu textoo
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