27 agosto 2010

Voltas que nunca Voltarão. Ou Não

Tão cruel e tão frio. Uma nova fase de uma personagem que eu já estava apaixonado. Não consigo crer que pode se tornar em algo tão detestável e arrogante. Tão frio e tão decepcionante. Tenho orgulho do que é, mas tenho um enorme nojo, uma repulsa apavorante e um ódio. Caem em mim tons escuros quando meu corpo enche-se de cólera pelas coisas que nos dissemos há alguns anos atrás. Quando éramos duas crianças. Surge novamente a vontade de falar tudo que ficou preso no passado, estagnado na memória da minha alma. Eu disse varias vezes que o amava, mas nunca o disse que era admirável seu modo de usar as palavras. Nunca disse que gostava do seu cheiro e da forma que dizia “Olá”. Só de pensar um minuto em tudo que esta errado fico cansado. Sempre penso no amor como um sonhador. Não consigo, ainda que dizendo, ver o amor como algo inexistente. Ele permanece dentro do meu corpo como o sangue que corre minhas veias. É patético para mim; falar de amor. Nos sempre falamos de amor. E olhe novamente para nossos trapos. Eu totalmente acabado em ilusão e você correndo esquinas à noite a procura de corpos sem vida. Olhe para nós.

Eu sinto tanta da vergonha do que nos somos hoje. Eu tenho uma vontade de conversar novamente com você, para ver se de alguma forma nos dois, juntos, possamos salvar-nos dessa ignorância, dessa hipocrisia. Quero saber se somos capazes de fazermos algo novamente. Que não seja insultar e esfaquear no deserto os corpos amados ou ate odiados por nós. Que não seja trocar os lados na rua, abaixar a cabeça. Que não seja sorrir com o cenho franzido. Alegre. Que não seja você me odiando, que não seja eu falando para você sumir. Que não seja você dizendo injurias, que não sejamos nós. Que não seja.

Era tão doce o tecido que puxávamos, era tão macio. Tão cumprimo e bonito. Era nosso. Era tão quente o sol naqueles dias, se lembra? Era tudo tão calmo e leve. Era um pouco irritante e excitante, era libertino pra idade. O que a gente fazia aos fins de semana que eu não me recordo mais era o ponto maior do meu êxtase. Está escrito em algum diário meu que eu leio nos momentos fracos de nostalgia. Perdoem-me.

Onde eu estou não há mais aquela alegria. Apesar de aquela ser apenas uma falsa tática de reconquistá-lo. Ela nunca ao certo existiu. Posso dizer que sim, a partir do momento que eu me concentrava em fingir que era tudo verdade. Mas não estamos aqui para isso correto? Perdoe-me, pois não consigo de forma alguma me concentrar. Tenho tanta necessidade daquilo tudo novamente, foram tantos anos de minha vida dedicados aquele primeiro suspiro de amor. Eu era tão jovem garoto, tão jovem. Estava descobrindo o mundo. Estava precisando do seu conforto. Precisava tanto que você precisasse do meu conforto, de meus braços de meu corpo. Era tudo tão libertino para nossa idade. Era que era. E foi. Hoje é. O tempo passou e foi cruel. Que seja novamente cruel, gire o mundo, mundo e volta. Você volta pra mim também. E hoje eu poderei ter-te feliz?

Matt Castan

14 agosto 2010

Um Novo Alguém

A partir daquele momento, aquele em que eu pude nota-lo em meio a multidão, eu me apaixonei. Foi um sentimento que eu nunca senti por um outro alguém. Era apenas fetiche e ficção. Olhava-o todos os dias, apesar de te-lo gravado na memoria e salvo em fotos antigas. Queria ao menos sentir minhas pernas balançarem com seu olhar sobre o sol. Aquele brilho que ele me dava não era natural de qualquer um que chegou perto de me fazer sentir. A partir de um momento o deixei ir sabendo que nunca seria capaz de, com ele, ser feliz.
Houve então um momento, depois de muita chuva e ventania, que ele veio a mim de repente como um tufão. Eu poderia ser algo ao teu lado. Não podia mais acreditar que era real.
Hoje eu vi o meu reflexo. Ele me disse que eu estou apaixonado mais uma vez. Como eu sou tão maleável assim?

Escute-me, eu quero estar ao teu lado. Quero te ver crecer e ensinar-lhe o que é viver. Quero que você saia desde casulo e venha me ver. Quero suas historia e lembranças. Quero seu sorriso e suas lágrimas. Quero ser o vento ao teu lado e os lençóis que te aquecem. Quero que seu aconchego seja minha pessoa feliz. Quero ser seu, quero você somente para mim.
Hoje eu preciso te dizer, quero ao teu lado ser feliz. Quero ser o seu ponto de segurança.

Matt Castan

13 agosto 2010

Noite Fria, Cigarros e Ilusão

“Inquieto. Este é meu estado de espírito no momento em que escrevo, apesar de estar totalmente quieto e parado. Dentro de mim as coisas giram como um tornado a toda velocidade. Não sei para onde ir, quero sair do lugar, não sei me movimentar.”

Quero dicas de algum velho vivido, algum ser desconhecido que dirá para onde devo ir. Não sei mais o porquê de eu ainda tentar alguma coisa de minha vida, posso talvez dizer que é pelo meu medo do futuro ou qualquer coisa similar. Se sinta perdido e saberá onde me encontrar e me dizer o que devo fazer. Estou esperando num lugar tranqüilo...

Matt Castan