28 maio 2012

Vênus


Amando intensamente que fiquei louco
E naquela loucura desvairada que encontrei o amor
Aqueles que não me conhecem bem pensam pouco
E poucos sabem que um dia eu senti dor

No primeiro dia de outono comemoramos um aniversario
Contudo, desde então, não sinto seu amor
Ao poucos vou me perdendo novamente
E lentamente já não sei se o estou sentindo novamente
O que eu chamo de amor

Vou sumindo devagar à medida que cada estrela se apaga
E de um bilhão a um vou desaparecendo.
Passo novamente a cair num poço profundo de inquietação
Que alguns chamam de loucura

Sinto saudade, contudo não sei o que significa
Pois quando penso nos nossos dias de gloria
Um sorriso some de repente
Chego a pensar tanto que viro a própria solidão
Junto de ti, sem ti.

Já não ouço suas musicas, já não canto melodias ou serestas
Passos ligeiros me levam aos montes, as festas
E comigo não vejo seu rosto ou seu esplendor.
O brilho forte da sua alegria se apagou e ninguém notou

Às vezes eu penso que te tanto de amar de olhos fechados
Com eles abertos não tê-lo-ei em meus braços
E louco eu volto a procurar um amor, que no fim é somente loucura

02 maio 2012

Posso lhe falar, na maior humildade


Não me faço de santo, tampouco santo sou
Faço de bobo no brilho do amor e da paz
Não me entrego mais por um centavo
Entrego-me por flores e abraços
Nos quais eu abraço a felicidade plena de amar

Meu sonho de cantar foi realizado por um olhar
Minhas noites de luar foram postas em seu lugar
O brilho das estrelas só me faz pensar
Que em meio a toda essa lama eu ainda vou te amar

Bom dia, boa noite
Eu disse em boa companhia e ela me ignorou
Bom dia, boa noite
Faz parte de uma oração que eu faço pelo amor
Bom dia pelo respeito e boa noite pelo fim da dor

Quantos foram os passos que eu dei ate chegar aqui
Quantos enganados eu pisei até descobrir
O valor da minha vida não esta mais em tecidos
Em chamas deliciosas ou em bons chutes no asfalto

Quem dera fosse eu o dono de toda essa realidade
Eu mudaria de cabo a rabo os pontos e virgulas
De um poema que nem mais faz sentido
De um texto sem nexo e sem juízo que eu canto
Puramente pela liberdade de todos os meus irmãos

Onde foi parar o violão da serenata e os espinhos do buque
Porque amor eu já não sei
Onde foi se esconder.

Márcio Mattos