18 outubro 2010

Terceiro Andar

Quero jogar meu corpo do terceiro prédio. Do terceiro andar. Este não é o lugar em que eu nasci. Foi aqui o lugar em que mais sofri. Estou morrendo aos poucos. Desgastando-me e apodrecendo. Deito-me e quase sinto minha alma subir ás nuvens.
Meu coração palpita só de pensar em me jogar do terceiro andar. Não sei se pulo de frente ou se solto me de costas no ar. Tenho um pouco de medo de me machucar. Quero que tudo acabe quando eu tocar o chão. Não quero sentir nada além do silencio. O momento em que me sento. Em que me deito. O momento em que fecho os olhos. O espetáculo de variedades e a conquista.
Esta é uma ânsia que não me assusta e nem surpreende. No meio da noite sem alertas de tic-tac. Eles não estão girando para mim esta noite. Não me chamam a atenção. Olho pro lado e sinto o quanto longe estou. E o céu azul escuro, e as luzes na montanha. A noite sem estrelas e chuva que não me tocou a pele. Porém vejo ainda. Longe e abaixo de mim o chão frio e quieto na rua deserta e escura. Me espera chegar.
Mal posso esperar. Jogar-me do terceiro andar. Meu coração palpita só de pensar.
Márcio Mattos

Brincando de Rimar

Eu vou com esses caras pra algum lugar “sensacional”
Nossa não posso ao menos imaginar o que vai acontecer
Minha cabeça chega a girar quando penso como vai ser legal
Eu nunca imaginei que estaria aqui quando pensava; “quando eu crescer”
Quero voar no ritmo da ultima batida do seu tambor
Porque eu não estou seguindo somente o meu coração
Eu não sou um garoto cheio de amor
Sentindo o toque forte na minha pele eu sinto a emoção
Meu sorriso chega a estourar e atravessar a orelha
Todos agasalhados tremem com a noite fria
Nosso êxtase é tanto que minha pele queima
Não imaginei que alguma noite a felicidade surgiria
Márcio Mattos

Meu amor

Digam o que quiserem, oras. Falem o que for. Darei total atenção porem não deixarei meu amor por ti. A essa amável criatura que me faz sorrir, nunca a deixarei só, como nunca me deixou.
Márcio Mattos