12 maio 2014

Minha Julieta e Rom[Eu

o único veneno
                  [a raiva
deitei-me sobre o corpo que eu pensei morto
                                          [triste
tirei minha vida em súplica
                              [desculpas
e em fim morri
               [de felicidade

11 maio 2014

TOC

Apenas um sentimento e sonho que eu tento conquistar, não é, sua obrigação de realizar. É meu e somente meu o desejo de tocar esta tua caixa torácica que quando meu tato sente meu coração se arrepende de tê-la para mim. Minhas mãos deslizam e fazem caminho no seu peito vigoroso enquanto de olhos fechados seu intimo grita que não deveria estar agindo, atos que só o coração e as calças sabem citar.
Mas, meu amigo, tenho que lhe contar e principalmente dizer que sou humano e sinto esta vontade de tocar-lhe fogosamente e sentir cada milímetro de tua pele. Este seu peitoral em chamas frias e sua pele macia de fios pretos que desenham meus desejos de noites passadas que podem ser recriadas no nosso amor. Teus fios da face, teus olhos cerrados, caminhos errados pro teu coração. Aquele suspiro sofrido de amor e de excitação que somente você tem na boca quando eu, como criança louca, toco tua pele em pura emoção. Sinto falta do arrepio que sai meio vazio do seu coração, mas na boca se mostra com face fervorosa o sabor da paixão. Seu sopro me mata me joga pelas escadas dessa ciranda que nunca anda, mas dentro de mim há esperança de que ai há sim um pouco de vontade da carne que arde em meu peito desenhado em arte do amor que tenho pelo seu coração.
Mas é triste dizer que estas palavras para você tampouco posso citar de medo de amedrontar e confrontar o monstro maior do que eu que me impede de te amar. Este está dentro de ti lutando contra mim com lanças que nem eu tenho vontade de tocar. Há somente aquela mesma de sempre vontade insistente de estar enfurnado no teu peito abraçado de amores frustrados os mesmos que eu, já cansei de sonhar. Não paro um segundo esse testemunho que nem sei se um dia posso lhe mostrar, mas deixo presente a vontade insistente que eu tenho de te amar.

Márcio Mattos