12 junho 2016

Equilibro na razão do dia dos namorados da emoção

Eu posso amar uma música mesmo que está não me responda
Um quadro eu posso admirar mesmo de este não me fale em palavras
A voz não é concreta, porém é materializada e ainda assim, não posso tocá-la
Contudo ela toca meus ouvidos e meu coração num mesmo instante

Posso assumir meu amor aos ventos, se amo um ídolo
A obra em pedra, se eu quiser, posso beijar enquanto meu peito
De flores se enche e se esquenta queimando a dúvida de que a energia
que outrora duvidara existir em nossos amores, ali estava.

Não preciso ter olhos para sentir perto de mim nuances de um amor,
O sopro de sua dor, a felicidade de seu sorriso, até mesmo sua voz estranha
Floreando palavras escapas de sorrisos que ainda hoje me fazem sentir paz
[Com a licença de suspirar, por enquanto escrevo, lembrar-me novamente deste.

E sentir-se rodeado pelos fantasmas da doença que psicopateia minha fala
Que proíbem minha liberdade de ver em nuvens suas formas, de ver luzes
De sentir-me poetizando os momentos, emaranhando os sentimentos
Desejando seu corpo aquecendo meus medos e cortes na pele que ardem no frio

Desejo previamente impedido ornando do consentimento de não poder e não querer
Não querer querendo respeitar os espaços, manter os laços e sorrir diariamente feliz
Assumir desejo sonho beijo de estar do seu lado rindo com medo de querer-te mais que bem
Em fim sofrendo amores justos, que por convenção, injusto, de equilibro, por ti, nada tem

E permanecer, confuso e perdido, no labirinto sombrio pincelado de neblina e azul bali
Ainda parado em questionamento constante, pois, posso amar uma música mesmo que esta
não me responda e um quadro eu posso admirar mesmo de este não me fale em palavras
Contudo amar-te não posso e assumi-lo não devo, nem em desejos.


Pois assim nossa amizade acaba.

Márcio Mattos

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