25 maio 2010

Toque

Corria na direção contraria ofegante e ansioso pelo encontro casual de nossos olhares onde seu corpo arderia em chamas de prazer libertino ao ver meu corpo pecaminoso e leve sobre tecidos desconhecidos. Queria ver seus olhos famintos de aventura proibida buscarem o meu em uma só sintonia na qual eu me arrastaria sem vergonha de minha libertinagem até seu corpo e me entregaria de alma a seu sorriso. Meus passos cada vez mais firmes lutavam contra o chão desesperadamente tomado pela doença que me consumia. A ânsia pela sua companhia que me corroia de forma inusitada de fora a fora em meu corpo tendo em mente sorrisos seus que nunca conheci.

Uma repugnância que me fazia ter vergonha de mim faz com que eu tente esquecer-me dos nossos corpos se tocando e se conhecendo num sonho que tomava conta de minhas noites. Uma cena que até nos momentos mais secos e mórbidos me faz perder o controle e os bons modos e me enche a boca – e as calças – de desejo.

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Tranquilamente sentado com as pernas juntas um pouco tremulas a noite num banco de uma praça deserta e para mim desconhecida baseada no barroco mineiro. Com os olhos fechados degustando cada segundo, cada suspiro e cada sabor roubando de si mesmo a imagem de bom moço puritano que me vinha a mente sempre ao imaginá-lo. Tua mão correndo por baixo de minha perna, puxando-me ao seu colo enquanto seus lábios massageavam meu pescoço a caminho de minha boca que já implorava seu encontro. Nosso primeiro, e picante, beijo levado pela madrugada após vários goles de cevada.”

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A respiração ofegante, o toque na pele nua e a língua fria que queima não é mais necessária narrativa as mentes que fluem. O assunto dá-se por terminado se for capas de desenvolver um rolar de corpos nus sobre lençóis calados. Pense o que quiser e veja como é excitante.

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A partir de então caminho ao alvorecer com seu cheiro impregnado na gola de minha camisa e a lembrança estampada no brilho dos meus olhos pensado em como o pecado me consome. É sou um fraco para prazeres da carne.”

Matt Castan

Um comentário:

  1. Atropelo desvairado, meu caro. Preenchimento que se procura, que se encontra, que se fenece.

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